BC deve autorizar WhatsApp em pagamentos no 1º semestre, diz presidente da Cielo

Processo foi suspenso em junho de 2019 sob justificava de que realização de transações sem supervisão adequada poderia gerar danos ao SPB O presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, afirmou nesta quarta-feira que a autorização do Banco Central para que o Whatsapp seja um iniciador de pagamentos deve ocorrer neste primeiro semestre. “Estamos próximos de autorização do BC. Não digo ainda que deve ser no primeiro trimestre, mas deve ser no primeiro semestre”, afirmou.

No fim de junho do ano passado, o serviço foi suspenso por decisão do Banco Central, sob a justificava de que a realização das transações sem a supervisão adequada do regulador poderia gerar “danos irreparáveis” ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
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Conforme noticiado pelo Valor na ocasião, a decisão agradou aos concorrentes, que pediam a supervisão do regulador para a operação e argumentavam que ela poderia ser considerada anticompetitiva. Porém, a decisão foi criticada pelos participantes do serviço, como Mastercard, Visa, Cielo, Banco do Brasil, Nubank e Sicredi.
Em dezembro, o Valor também divulgou que o presidente da Mastercard Brasil, João Pedro Paro Neto, disse acreditar que o pagamento via WhatsApp deve começar a funcionar no primeiro trimestre de 2021.

Nesta quarta-feira, Caffarelli disse ainda que “tudo se encaminha” para que o Whatsapp como iniciador de pagamento seja lançado com o Pix, o recente meio de pagamento instantâneo lançado pelo BC.

Especificamente sobre o Pix, o presidente da Cielo disse que algumas máquinas da credenciadora já estão habilitadas a aceitá-lo e que, como qualquer novidade, precisa ser absorvido pela sociedade. “O processo é embrionário”, disse.

Caffarelli também informou que a Cielo recebeu aval dos controladores para criar uma Sociedade de Crédito Direto (SCD). “Hoje não podemos mais ser só adquirentes, temos que buscar outros espaços. Os serviços [na SDC da Cielo] vão além das antecipações [de recebíveis], e passam por concessão de crédito não performados e outros serviços ao cliente, como um conciliador, ERP, enfim, soluções complementares à parceria com relação a adquirência”, explicou.

Pixabay

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