Bradesco cria vice-presidência de clientes e indica Rogério Câmara para o cargo
Instituição quer melhorar experiência de clientes e acelerar o crescimento do banco Next O Bradesco anunciou nesta segunda-feira uma reorganização com o objetivo de melhorar a experiência dos clientes e acelerar o crescimento do banco digital Next. Dentro dessa estratégia, a instituição criou uma vice-presidência de clientes, que abrigará o cargo de chief customer office (CCO), para a qual designou Rogério Câmara.
Ficarão também sob o escopo da nova vice-presidência as áreas de desenvolvimento de sistemas, arquitetura de tecnologia da informação (TI), gestão de dados e Bradesco Experience.
Renato Ejnisman, que até agora era diretor-executivo, passará a ser CEO do banco digital Next – desmembrado do Bradesco no ano passado. Jeferson Honorato, diretor do Next, continua no cargo. A fintech não tinha, até agora, um presidente. A criação do cargo sinaliza que o Bradesco pretende acelerar o crescimento do Next enquanto prepara a oferta pública inicial de ações do banco digital.
Um dos nomes mais prestigiados da nova geração de executivos do Bradesco, Ejnisman era até agora responsável pela Bradesco Asset Management (Bram), BAC Florida Bank, câmbio, private banking e “corporate one”, segmento de empresas médias dentro da estrutura do atacado.
Claudio Belli/Valor
As áreas que ele comandava serão agora redistribuídas. Leandro Miranda, diretor-executivo responsável por relações com investidores, ficará com o BAC e o “corporate one”. Roberto Paris passa a ser responsável pela Bram e pelos negócios de câmbio e internacional. Guilherme Leal assumirá o private banking.
Nas mudanças, o diretor departamental Oswaldo Fernandes foi promovido a diretor-executivo adjunto e chief finacial officer (CFO), ficando responsável por controladoria e responsabilidade socioambiental.
A instituição também confirmou Felipe Thut como diretor do banco de investimentos do Bradesco BBI, função que vinha desempenhando de forma interina.
No novo desenho, o Bradesco passa a ter cinco vice-presidências. Além da recém-criada, o banco já tinha as de varejo (Eurico Fabri), atacado (Marcelo Noronha), alta renda (Cassiano Scarpelli) e áreas de apoio, como finanças, pessoas, TI, entre outros (André Cano).
Já era esperado que o Bradesco fizesse uma redistribuição de cargos, já que o banco fez uma série de ajustes e cortes na área de atacado no ano passado.
Em nota, o banco afirmou que as medidas são “parte do conjunto de mudanças estruturais no corpo da organização com o objetivo de endereçar os desafios desta década, caracterizada pelo aumento da competição no setor financeiro e os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus”.
O presidente do banco, Octavio de Lazari Jr., disse no comunicado que há uma transformação em curso no setor financeiro, não só por causa de inovações tecnológicas, mas também por mudanças na política monetária e por questões regulatórias. Segundo ele, a pandemia acelerou esse processo.
“Essas mudanças são um processo em evolução, e não uma fotografia de momento, com várias implicações no balanço de riscos da atividade bancária”, afirmou.