Brasil tem déficit em conta corrente de US$ 2,326 bi em fevereiro; IDP soma US$ 9 bi
Resultado ficou em linha com projeção do BC. investimento direto no país veio acima da estimativa da autoridade monetária, de US$ 6,5 bi O Brasil registrou um déficit em suas transações correntes de US$ 2,326 bilhões em fevereiro, conforme divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC). A autoridade monetária estimava um déficit de US$ 2,3 bilhões. No mesmo mês de 2020, o saldo da conta corrente foi negativo em US$ 4,662 bilhões.
No acumulado de 12 meses, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, rendas e transferências unilaterais alcançou um saldo negativo de US$ 6,888 bilhões, o equivalente a 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária. Em janeiro, o déficit foi equivalente a 0,65% do PIB.
O Investimento Direto no País (IDP) somou US$ 9,007 bilhões em fevereiro, segundo o BC. A estimativa da autoridade monetária era de ingresso de US$ 6,5 bilhões. Em fevereiro do ano passado, por sua vez, o IDP tinha somado US$ 2,580 bilhões.
Fazem parte do IDP os recursos destinados à participação no capital e os empréstimos diretos concedidos por matrizes de empresas multinacionais às suas filiais no país e vice-versa. O retorno de investimento brasileiro no exterior também integra essas estatísticas.
Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o IDP somou US$ 39,778 bilhões, ou 2,75% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 2,32% do PIB vistos até janeiro. O montante é mais do que suficiente para cobrir o déficit em conta corrente de 0,48% do produto nos 12 meses.
Investimento em carteira
Os investimentos estrangeiros em carteira tiveram entrada líquida de US$ 3,825 bilhões em fevereiro, segundo o BC. Em fevereiro de 2020, por sua vez, houve saída de US$ 2,798 bilhões.
No mercado de renda fixa, entraram liquidamente US$ 3,003 bilhões em fevereiro. Considerando apenas as negociações no país nesse segmento, o resultado foi positivo em US$ 2,765 bilhões.
Já o fluxo de investimentos estrangeiros em ações via bolsas de valores resultou em entrada de US$ 570 milhões no mês, considerando tanto aplicações via bolsa brasileira quanto via Bolsa de Nova York.
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