Cielo é parte do ‘core’, não vamos desinvestir, diz presidente do BB
Venda de ativos do banco no exterior, porém, está em estudos, confirma Brandão O presidente do Banco do Brasil (BB), André Brandão, afirmou nesta sexta-feira que a Cielo é um ativo que faz parte do core business da instituição e, portanto, não será vendido. No entanto, o executivo disse estar em conversas com o Bradesco, com quem divide o controle da credenciadora, para discutir como melhorar a experiência dos clientes da empresa.
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Em relação aos ativos de cartões de forma mais ampla, Brandão disse que sempre dialoga com os sócios sobre a forma de atender melhor os clientes. De acordo com o executivo, algumas operações podem ir para o mercado de capitais. O presidente do BB não citou exemplos, mas a afirmação é uma provável referência à bandeira de cartões Elo, cujo IPO está sendo preparado. Nesse caso, o banco é sócio do Bradesco e da Caixa.
Brandão afirmou que, quando assumiu a presidência do BB, em setembro de 2020, paralisou o processo de venda de ativos para entendê-lo melhor. Agora, porém, os trâmites foram retomados e continua forte. Estamos com várias transações com consultores, disse.
Segundo ele, a busca de um parceiro para a BB DTVM está em discussão há um bom tempo e faz parte da agenda.
Venda de ativos no exterior
O presidente do BB disse que está em estudo a venda de ativos no exterior. Segundo ele, o processo é mais complexo porque são vários países, vários reguladores, mas o foco é atuar somente com produtos para clientes brasileiros, tanto do governo, embaixadas, pessoas jurídicas como comércio exterior.
“Precisamos estar em centros que possuem moedas fortes e que gerem captações. Onde temos brasileiros como Estados Unidos e Japão, estamos vendo se faz sentido [manter atuação para pessoa física]. Se a gente centralizar em um ou dois centros para PF já é de bom tamanho. Aí sim tem atendimento de banking , câmbio e eventualmente investimentos”, disse.
Conforme divulgou o Valor, o BB vem avaliando fechar sua agência instalada na China e transferir suas atividades para outra unidade no exterior. O movimento, segundo apurou a reportagem, estava sendo preparado para ocorrer ao longo deste ano e se insere em um processo de reestruturação de sua área internacional, que já teve algumas mudanças em 2020. Cerca de 20 representações no exterior estão em análise.