Easynvest, comprada pelo Nubank em setembro, quadruplica prejuízo em 2020

A corretora Easynvest, que foi comprada pelo Nubank em setembro, teve um prejuízo quatro vezes maior em 2020. O resultado no ano passado ficou negativo em R$ 32,953 milhões, 311,5% pior que o prejuízo de R$ 8,008 milhões em 2019. A companhia disse que isso se deve a um ciclo de investimentos acelerados e que deve voltar ao lucro em 2021.

“Tivemos um ano bastante desafiador dadas as incertezas geradas pela pandemia de covid-19. Mantivemos, contudo, nosso foco no desenvolvimento de tecnologias e inovações voltadas à distribuição de produtos financeiros a clientes pessoas física”, diz o relatório da administração.

O resultado bruto da intermediação financeira ficou negativo em R$ 135,583 milhões, 35,0% pior do que o resultado negativo de R$ 100,452 milhões em 2019. Já as receitas de prestação de serviço subiram 73,9%, a R$ 66,662 milhões. As despesas de pessoal e administrativa cresceram 45,9%, a R$ 207,268 milhões.

A corretora diz que encerrou 2020 com 1,7 milhão de clientes, com crescimento anual de 42%, além de uma expansão de 76% nas captações líquidas. Na renda variável, o crescimento foi de 87% nos ativos sob custódia. Atualmente a Easynvest tem 410 funcionários.

A Easynvest diz que houve um incremento significativo nas despesas com serviços do sistema financeiro ao longo de 2020. “Este incremento foi basicamente devido a tarifas da B3 e diretamente relacionado ao aumento do número de clientes ativos”. Ainda assim, a corretora aponta que com a nova política de tarifação da B3 que entrou em vigor no mês passado, esse este custo será consideravelmente reduzido este ano.

A corretora terminou 2020 com um índice de Basileia negativo em 9,29%, mas diz que em janeiro deste ano o Banco Central aprovou um aumento de capital de R$ 40 milhões que levará o Basileia para 11,98%.

No mês passado, o Nubank havia divulgado que teve um prejuízo de R$ 230 milhões em 2020. O resultado ainda não consolida a participação na Easynvest.

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