Em 3 anos, BTG quer ter 4,5 milhões de contas no banco digital
Número representa 15% dos 30 milhões de brasileiros com renda superior a R$ 5 mil, que é universo de clientes público-alvo do BTG+
Claudio Belli/Valor
“Em 3 anos, queremos chegar a 4,5 milhões de contas no BTG+”, disse o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, em teleconferência com jornalistas nesta terça-feira. Segundo ele, esse número representa 15% dos 30 milhões de brasileiros com renda superior a R$ 5 mil, que é universo de clientes público-alvo do BTG+.
“Se chegarmos um market share de 15% a 25% desse mercado, vamos nos considerar bem sucedidos”, disse. Sallouti comentou que a velocidade de adesão de novos clientes à plataforma transacional para o varejo está alta. “Em 45 dias, a velocidade [de clientes] está acima do que estávamos esperando”, apontou.
Desde 18 de janeiro, a instituição abriu sua operação digital para pessoas físicas a todos os interessados. Até então, a plataforma BTG+, lançada em setembro de 2020, operava restrita aos clientes da plataforma de investimentos, a BTG Pactual Digital.
O BTG+ terá pela frente o desafio de encontrar seu espaço num mercado já tomado por fintechs e bancos digitais, além das instituições financeiras tradicionais. A missão se faz ainda mais difícil porque tem em vista um público não apenas bancarizado, mas também cortejado pelos rivais.
Apesar disso, Sallouti acredita que o BTG leva vantagem sobre os novos entrantes e tende a rentabilizar a operação muito antes dos concorrentes digitais. “A gente consegue tornar as novas iniciativas rentáveis mais rápido do que as empresas que são monoprodutos.”
Na avaliação do executivo, as fintechs e bancos digitais “estão tentando expandir para áreas que a gente já tem, como plataformas de investimentos, asset management ou capacidade de usar crédito”. Para Sallouti, o BTG tem a vantagem de já ter praticamente toda a base de produtos. “O que não tínhamos era a transacionalidade bancária. Somos o único player que consegue conciliar a rentabilidade dos bancões com a velocidade de crescimento dos novos entrantes.”