Implantação do open banking visa sistema financeiro do futuro, diz Campos

Com iniciativa, que tem primeira fase lançada hoje, BC busca aumentar a competitividade e a eficiência do sistema financeiro nacional, disse O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira que a implantação do open banking visa a criação do sistema financeiro do futuro. Ele participou do evento de lançamento da primeira fase do open banking.

O diretor de regulação da autoridade monetária, Otávio Damaso, reforçou que o sistema estará plenamente funcional, com as quatro fases implantadas, no fim de 2021. Segundo ele, o cliente será o principal beneficiário do open banking, incluindo as pessoas físicas, mas também micro, pequenas e médias empresas.

Com o open banking, o Banco Central busca aumentar competitividade e eficiência do sistema financeiro nacional, afirmou Campos.

Campos: Com open banking, BC busca aumentar competitividade e eficiência do sistema financeiro nacional
Raphael Ribeiro/BCB
O presidente do BC também destacou outros pontos da Agenda BC#, de modernização do sistema financeiro, como o Pix e o projeto que muda a legislação cambial.

O Pix já é uma realidade para dezenas de milhões de brasileiros, inclusive promovendo novos modelos de negócios, disse Campos.
LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está na base do sistema de segurança do open banking, afirmou nesta segunda-feira o chefe do departamento de regulação do BC, João André Calvino Marques. O princípio geral do open banking bebe na fonte da Lei Geral de Proteção de Dados, disse, em entrevista coletiva.
No evento, Marques fez questão de destacar mais de uma vez que a segurança é um ponto central do open banking. A segurança do sistema também estará ligada à Lei do Sigilo Bancário, segundo ele.
Representante do grupo de trabalho de experiência do usuário, Isis Galote destacou que o cliente poderá decidir, por exemplo, quando e quais dados compartilhará, para o serviço financeiro específico que quiser. Esse compartilhamento será feito pelos canais digitais das instituições financeiras, como aplicativos.
CVM e Susep
Segundo Marques, o BC está conversando de forma muito próxima com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep) para a implantação do chamado open finance – a etapa do open banking com uma gama maior de produtos financeiros.
O que se discute é um grande open finance com a participação e implantação das outras autoridades também. Isso está no radar, disse.
O cronograma do open banking já prevê que, em sua quarta fase, será permitido o compartilhamento de dados sobre investimentos, seguros, câmbio e previdência complementar aberta, entre outros.

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