Itaú diz que Pix deve ter impacto em receita em 2021
Efeito já está contemplado no guidance divulgado nesta terça, disse presidente do banco O novo presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, afirmou que o Pix, o sistema de pagamento instantâneo capitaneado pelo Banco Central, deve ter um impacto na receita do grupo em 2021, o que já está contemplado no guidance. O banco divulgou que sua receita de tarifas deve crescer entre 2,5% e 6,5% este ano.
Maluhy lembrou que ainda existe uma incerteza muito grande no cenário econômico, em função da pandemia, e que isso também se reflete no guidance, tanto que a faixa na previsão para as receitas foi ampliada de três para quatro pontos porcentuais. “Este ano teremos crescimento de receita de serviços em linha com a recuperação da economia”, comentou em entrevista coletiva.
Ele explicou que o guidance já não considera o resultado de equivalência patrimonial da XP a partir de fevereiro. O Itaú aprovou uma segregação da sua participação de quase 41% na XP, criando uma nova companhia, a XPart, que pode ser incorporada pela XP.
Maluhy também comentou que o Itaú está com níveis de capital e liquidez confortáveis e que o capital deve voltar a superar a meta do banco, de 13,5%, ao longo do primeiro semestre. “A gente fez um trabalho de aumento de liquidez e, naturalmente, capital foi consumido pela crise, mas a gente já está recuperando e acreditamos que ao longo do primeiro semestre volta a superar o target”.
Sobre as despesas, que o Itaú prevê que devem ficar entre queda de 2% a alta de 2%, Maluhy explicou que a eventual redução vem de um projeto de longo prazo, mas que não existe bala de prata e que nenhuma agência deve ser fechada este ano. “Continuamos acreditando no canal físico. Nosso público é muito heterogêneo, os clientes valorizam a rede de agências”.
Em relação à nova estrutura do comitê executivo do Itaú, que passou de seis para 12 integrantes, Maluhy afirmou que o objetivo é simplificar a estrutura, reduzir níveis hierárquicos e estar mais próximo das operações.