Ransomware: brasileiros pagam resgate, mas poucos conseguem reaver arquivos
Muito se fala a respeito dos impactos dos ransomwares dentro das empresas — porém, não podemos nos esquecer jamais de que esse tipo de ameaça também atinge pessoas físicas. Pensando nisso, a Kaspersky realizou um levantamento e descobriu uma triste estatística: por mais que mais da metade (56%) das vítimas paguem o resgate cobrado pelo cibercriminoso, apenas três em cada dez internautas conseguem efetivamente a devolução dos arquivos sequestrados. Isso prova que tal pagamento costuma ser dinheiro gasto à toa. O que é ransomware e como se livrar dele Brasil é o país mais atingido por ataques de ransomware na América Latina Aumentam infecções por ransomware e ataques a servidores Microsoft Exchange Ransomwares, vale lembrar, são vírus de computadores (malwares) utilizados para extorquir os alvos. Ao infectar a máquina, ele utiliza criptografia para trancar completamente o acesso a quaisquer documentos armazenados no computador — incluindo fotos, vídeos e músicas. Teoricamente, a única forma de reaver o acesso aos seus preciosos conteúdos é pagando um resgate em dinheiro, cujo valor varia bastante de acordo com a variante do ransomware contraída. O pagamento, porém, é sempre realizado com moedas digitais. De acordo com os especialistas, pagando ou não, só 16% dos brasileiros conseguem reaver acesso aos seus arquivos. mais de 80% dos infectados sofrem perdas, sendo que 44% deles é incapaz de recuperar “uma quantidade significativa” de documentos, 20% perdem uma quantidade pequena e outros 16% perdem todo o seu computador de forma permanente. Também é curioso perceber que a faixa etária dos 35 aos 44 anos é a que mais paga resgates (65%). internautas acima de 55 anos costumam ignorar o sequestro. -Baixe nosso aplicativo para iOS e Android e acompanhe em seu smartphone as principais notícias de tecnologia em tempo real.- “Sempre recomendamos que a vítima de um ataque de ransomware não pague o resgate, pois o pagamento não garante a devolução dos dados. Na verdade, ao efetuá-lo, observamos o efeito contrário, pois o criminoso saberá que os arquivos são valiosos e isto motivará que eles ataquem a mesma vítima seguidamente. Nosso estudo reforça exatamente esta recomendação, uma vez que apenas 29% dos brasileiros conseguiram seus dados de volta”, explica Fabiano Tricarico, diretor de consumo da Kaspersky LATAM. Imagem: Reprodução/stokkete (Envato) A companhia orienta que os internautas nunca paguem pelos resgates e tentem descobrir qual é o nome do ransomware que os infectou, já que existem ferramentas gratuitas na web que podem ajudá-lo a quebrar a criptografia de forma caseira. Além disso, para evitar infecções, evite clicar em links ou baixar anexos em e-mails recebidos (especialmente de remetentes desconhecidos), jamais insira mídias removíveis estranhas em seu PC (incluindo pendrives encontrados na rua), use um antivírus e faça backup de seus arquivos. “Precisamos mudar a mentalidade do consumidor. Quando ele é vítima de um golpe como este, 56% decidem pagar pelo resgate. Não seria mais vantajoso investir na proteção do dispositivo e na cópia de segurança dos dados? Impedir o ataque ou fazer que ele não seja lucrativo é a melhor maneira de fazer quem que os criminosos percam o interesse neste golpe”, conclui o executivo. Leia a matéria no Canaltech. Trending no Canaltech: Empresa lança avião supersônico três vezes mais rápido que o Concorde Cliente cai em golpe e iFood é condenado a pagar indenização de R$ 12 mil Veja a primeira foto colorida de Marte tirada pelo helicóptero Ingenuity Que fofo! Rover Perseverance tira selfie para lá de simpática em Marte Astronauta japonês na ISS conversa com Marcos Pontes e manda recado ao Brasil