Santander deve ter melhor índice de eficiência do setor em 2020, diz presidente do banco

Em 2020, o índice de eficiência do Santander – quanto menor, melhor – foi de 37,0%, o melhor patamar histórico. Em 2019, chegou a 38,9%
Silvia Zamboni/Valor
O Santander deve ter o maior retorno sobre o patrimônio (ROE) e melhor índice de eficiência do setor em 2020, disse o presidente do banco, Sérgio Rial, em coletiva com jornalistas na manhã desta quarta-feira.

O índice de eficiência do banco – quanto menor, melhor – ficou em 38,8% no quarto trimestre, de 36,6% no terceiro e 40,1% nos últimos três meses de 2019. Em 2020, o índice foi de 37,0%, o melhor patamar histórico. Em 2019, chegou a 38,9%.
Já o ROE ficou em 20,9% no quarto trimestre, de 21,2% no terceiro e 21,3% no quarto trimestre do ano passado.

Segundo Rial, a combinação em termos de crescimento, como da margem financeira, junto com “jornada de busca permanente” por eficiência operacional levou a uma melhora no índice de eficiência. “Os dois indicadores [eficiência e ROE] conversam entre si, muito sustentado em crescimento em várias direções, como o lucro líquido”.

O Santander obteve lucro líquido de R$ 3,958 bilhões no quarto trimestre, o que representa alta de 6,2% na comparação com o mesmo período de 2019 e avanço de 1,4% ante o trimestre imediatamente anterior. O resultado veio acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam um ganho de R$ 3,378 bilhões.

Outro ponto destacado por Rial, principalmente para mostrar um custo de crédito que evolui melhor que seus concorrentes, é a parcela da carteira com garantias, de 76%, e o aumento no market share do banco, tanto em captações como em crédito. “A carteira com 76% do volume colateralizado explica porque o custo de crédito se mostrou resiliente”, disse.

Ele lembrou que ainda não foram divulgados os balanços de todos os bancos para confirmar essa tendência do custo de crédito, mas é possível prever com os dados do terceiro trimestre, que mostram que enquanto o Santander atingiu 3,9%, outros competidores registraram entre 4,7% e 5,2%.

“Parte da explicação é a modelagem na nossa eficiência, na esteira de renegociações e recuperação de crédito”, afirmou.

Rial mencionou ainda que a atividade operacional e de processos em agências será próxima de zero até 2022, o que significa uma estratégia de eliminação de papéis nos processos. O presidente do Santander disse ainda que o enfoque é voltado para capacitar seus funcionários e agências seguem sendo abertas, como na região Norte do país, com o olhar mais voltado para questões socioambientais.

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