Serasa terá que explicar ao Procon por que pedia senha bancária a usuários
O Procon-SP notificou a Serasa nesta segunda-feira (1), cobrando explicações sobre a solicitação de senha do internet banking aos usuários. O pedido era feito a quem optasse por participar de uma pesquisa online oferecida dentro da “área do cliente”, no site da empresa. O órgão de proteção ao consumidor quer entender os motivos para a coleta desses dados, bem como a forma de tratamento aplicada às informações.
O que fazer em caso de vazamento de dados pessoais?
Especialistas alertam para riscos após vazamento que expôs 220 milhões de CPFs
Serasa Experian (Imagem: Reprodução/Facebook)
O estudo apresentado pela Serasa prometia contribuir para uma funcionalidade capaz de “tornar mais precisa a análise de crédito brasileiro”. Os dados solicitados eram CPF, agência bancária, conta com dígito e senha do internet banking. De acordo com o UOL Tilt, a pesquisa deixou de ser apresentada desde a última sexta-feira (26).
Segundo o comunicado do Procon-SP, a empresa deverá responder em até 24 horas, partindo desta segunda-feira (01/03):
Qual é o objetivo ou finalidade da pesquisa.
Em quais meios a pesquisa foi veiculada.
A quem a pesquisa foi direcionada.
Quais os critérios utilizados para a definição do público-alvo.
Para quantas pessoas a pesquisa foi direcionada.
A Serasa também deverá explicar ao Procon quais informações foram passadas aos participantes do estudo antes de sua realização, bem como listar quais foram os dados coletados e o tempo pelo qual a pesquisa ficou no ar.
Para saber se a empresa violou termos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a entidade quer saber ainda quantas pessoas participaram e como se deu o tratamento destas informações.
Serasa já havia sido notificada após megavazamento de CPFs
A pesquisa chama ainda mais atenção pela crescente onda de vazamentos que vem expondo dados de brasileiros.
No fim de janeiro, a Serasa Experian foi notificada pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e pelo Procon-SP após o vazamento de mais de 220 milhões de CPFs. A empresa também é alvo de um processo do Instituto SIGILO. A ação civil pública quer que a empresa pague multa de R$ 200 milhões e indenização de R$ 15 mil para cada titular afetado pelo vazamento.
Apesar das suspeitas sobre envolvimento neste caso, a empresa negou ser a origem das informações vazadas.
Tecnocast 177 – O grande vazamento de dados do Brasil
Com informações: Procon-SP
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