XP lança cartão para clientes com investimentos a partir de R$ 50 mil

A XP enxerga seu novo cartão de crédito como uma ferramenta essencial para seu objetivo de superar R$ 1 trilhão em ativos sob custódia A XP enxerga seu novo cartão de crédito, lançado oficialmente nesta quarta-feira (10), como uma ferramenta essencial para seu objetivo de superar R$ 1 trilhão em ativos sob custódia. Para o CEO da XP, Guilherme Benchimol, “a gente conseguiria dobrar a empresa, chegar a R$ 1,4 trilhão [de ativos sob custódia], sem ter nenhum novo cliente, simplesmente convencendo os atuais a colocar mais dinheiro com a gente”.

O executivo explicou, durante entrevista coletiva on-line, que os 3,5 milhões de clientes da XP, em média, mantêm metade de sua liquidez em grandes bancos, “em contas-correntes, para pagar suas contas e usar cartão de crédito”.
O lançamento do cartão da XP faz parte de uma série de novidades que serão disponibilizadas ao longo do ano, como conta digital, função débito e outras funções, disse o chefe de produtos digitais do grupo, Bruno Guarnieri.

O CEO do grupo enfatizou que o cartão e as novas funcionalidade de conta digital vão ajudar a companhia “não só a entrar numa nova linha de negócio, mas aumentar o percentual de recursos que o cliente movimenta com a XP”. Guarnieri comentou que dentro do grupo de testes, que reúne 35 mil usuários entre funcionários, cliente e agentes autônomos, houve, em média, um aumento de 10 pontos percentuais no volume de recursos financeiros concentrados na XP.

A partir de hoje, a XP abriu o acesso ao cartão para os clientes que mantenham investimentos iguais ou acima de R$ 50 mil na plataforma. De acordo com Guarnieri, a ideia é que, ainda em 2021, o plástico esteja acessível à toda a base da companhia.

O cartão de bandeira Visa terá, por enquanto, apenas a categoria Infinite. “A ideia é ter outras categorias mais para frente, mas, por enquanto, estamos oferecendo apenas o Visa Infinite.”

Programa de recompensas
Para os executivos, o principal benefício do cartão é o programa de recompensas chamado “investback”, similar ao “cashback”, mas que, em lugar de pontos, devolve um percentual sobre as compras, depositado em um fundo que rende 100% do CDI.

Segundo a XP, no investback o cliente tem 1% do valor de cada compra depositado no fundo. O percentual, porém, pode subir se o gasto for realizado no marketplace on-line recém-lançado. De acordo com Guarnieri, as cerca de 25 lojas cadastradas oferecem de 2% a 10% de investback.

O chefe de produtos digitais da XP afirmou que, ainda no primeiro semestre, a meta da companhia é dobrar a quantidade de parceiros cadastrados no marketplace.

Mais segurança
Outra novidade trazida pelo cartão é a ausência de números no plástico físico. “É algo que ajuda a aumentar a segurança contra fraudes”, diz. Guarnieri explicou ainda que, nas compras on-line, o aplicativo permite que o cliente mude randomicamente o próprio número do cartão.

As taxas de juros, afirmou o executivo, são, em média, 50% menores que as praticadas pelo mercado. Guarnieri explicou que o cartão da XP cobra, em média, juros de 5,9% no rotativo e de 3,9% no parcelado. “Mas, dependendo da linha, as taxas podem começar em 2% ao mês.”

“Isso vai obrigar os ‘bancões’ a terem taxas mais razoáveis, o que vai cada vez mais de encontro aos objetivos da companhia”, afirmou Benchimol. “O cartão é só o começo dos serviços de banking e, muito em breve, vamos ter transferências, conta-corrente e outros serviços e oferecer uma experiência vertical aos nossos clientes”, disse o CEO da XP.

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